- O CA não veio para me destruir, veio para salvar-me.
A doença não torna ninguém melhor ou pior. A proposta de vida é que tem que ser revista e modificada e isso, nem todos fazem.
Deus quer o melhor para todos. "E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis." Mateus 21:22
Sei o que é gratidão e diariamente a exercito.
Eu posso curar minha vida. Sei que me amo e tenho ótima auto-estima.
Não sou de ferro, tenho dias muito ruins, mas rio mais que choro.
Gosto de pensar em mim como uma guerreira incansável, um ser em constante e profunda evolução e uma vencedora nata, porque me permito mudanças sempre.
Tenho realizado o tratamento quimioterápico com dignidade, respeito e confiança.
Minha mãe tem sido meu Porto Seguro. Completamente solidária, dedicada e presente nesse momento tão difícil de minha vida.
Descubro-me mais forte que muita gente sã.
Liberto-me do passado, perdoando a todos e a mim mesma.
A experiência de se viver um dia de cada vez tem sido maravilhosa. Intensifico meus acertos, volto a ser livre e vislumbro novos horizontes.
Voltei a escrever e me surpreendo com preciosidades guardadas no baú.
A amizade é mesmo bálsamo para as feridas. Amigos verdadeiros, eu ganhei, recuperei e mantenho.
Reencontrei uma prima querida e tive um desejo realizado. Conhecer e esclarecer fatos de minha história familiar paterna.
Presenças, abraços e visitas que surpreendem e me consolam.
A falta de solidariedade é pior que o Câncer.
As pessoas não se colocam no lugar das outras. Esquecem que estamos todos num mesmo planeta, que temos a mesma matéria e que todos adoecem. Hoje, sou eu e amanhã, quem será?
Saber que num futuro muito próximo a humanidade será substituída por máquinas me deixa muito triste. Reina porém, a esperança de que o chip da solidariedade implantado na lata, funcione melhor.
Infelizmente o CA não veio para reunir a família, acabar com rancores, modificar comportamentos e trazer afetos. Utopia minha...
Falsos amigos saíram à francesa e a indiferença de outros é lamentável.
Ter uma tia querida sofrendo de Alzeimer, dói fundo na alma.
Presenças, abraços e visitas que não acontecem, deixam vazios terríveis. E o uso do telefone nunca substituirá o contato físico. Infelizmente, essas falhas humanas adentram o século XXI.
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